O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um quadro de início na infância, atingindo 11,2% das crianças brasileiras (Hora et al, 2015).
Ele está contemplado entre os transtornos de neurodesenvolvimento, porém cerca de 60-70% dos casos persistem na vida adulta (Barkley et al, 2002). É caracterizado por um conjunto de sintomas contidos em duas grandes categorias, de modo que o indivíduo pode preencher critérios para uma categoria ou ambas.
A primeira categoria, chamada desatenção, inclui sintomas como dificuldade para manter a atenção em tarefas, erros frequentes por descuido no trabalho e estudos, não seguir instruções adequadamente, não ouvir quando alguém dirige a palavra, dificuldade para organizar tarefas, perder objetos, esquecer compromissos e se distrair com facilidade.
A segunda categoria, hiperatividade e impulsividade, inclui sintomas como inquietação, não conseguir ficar sentado, não conseguir realizar atividades calmamente, desconforto em ficar parado por muito tempo, falar demais, interromper outras pessoas, não conseguir esperar sua vez em uma fila.
Os sintomas devem ser persistentes e ocorrer em mais de um ambiente, causando prejuízo ou dificuldades nas atividades para que o diagnóstico seja feito.
O tratamento de primeira linha para TDAH é realizado com uso de medicamentos. A psicoterapia com treino de funções cognitivas específicas também pode ser associada.