Os transtornos do espectro bipolar atingem até 6,4% da população (Judd et al, 2003).

O transtorno bipolar leva este nome pelos distintos estados de humor que podem ocorrer ao longo do quadro. Embora o estado mais característico deste transtorno seja o episódio maníaco, a maioria dos pacientes passa a maior parte do tempo com sintomas depressivos, caso não tratados.

O episódio maníaco é caracterizado por um período contínuo de pelo menos 1 semana com euforia ou irritabilidade excessivas, diferentes do habitual do indivíduo. Ocorrem outros sintomas associados como aumento de energia, aumento de atividades, auto-estima elevada, falar demais, pensamentos acelerados, distraibilidade, redução do sono e comportamento impulsivo (com compras, por exemplo).

Quadros semelhantes porém menos intensos e com menor duração podem ser caracterizados como episódios hipomaníacos. A presença deste episódios maníacos ou hipomaníacos de maneira cíclica, em alternância com episódios depressivos, leva ao diagnóstico de transtorno bipolar.

O tratamento de primeira linha é medicamentoso, variando de acordo com o estado de humor. Podem ser utilizados estabilizadores de humor, antipsicóticos e, com menor frequência, antidepressivos. A psicoterapia também tem seu papel em associação na fase aguda e principalmente para manutenção.