O uso abusivo de drogas e medicamentos pode trazer importantes impactos negativos na saúde física e psíquica.
Um uso recorrente de substâncias psicoativas, sejam elas drogas recreativas lícitas (álcool, cigarro), drogas recreativas ilícitas (maconha, crack, cocaína) ou drogas obtidas através de prescrição médica (benzodiazepínicos, opióides), pode comprometer o funcionamento social e profissional e desencadear ou exacerbar doenças clínicas e psiquiátricas.
Atualmente o Transtorno por Uso de Substâncias é classificado em níveis de gravidade, sendo avaliados sintomas específicos de acordo com o tipo de substância utilizada. Os principais critérios são o prejuízo da vida e sofrimento, de modo que uma pessoa não precisa usar diariamente e em grande quantidade para buscar ajuda.
Alguém que faz uso ocasional de álcool mas se expõe a grandes riscos, por exemplo, pode ser diagnosticado com Transtorno por Uso de Álcool.
Entre os sintomas comuns à maioria das drogas, estão presentes o consumo maior do que o desejado, tentativas malsucedidas de reduzir o uso, grande gasto de tempo usando ou obtendo a substância, sensação de fissura, incapacidade de realizar atividades importantes, manutenção do uso independente de prejuízo ou risco físico, tolerância à substância (necessidade de doses maiores para obter mesmo efeito) e abstinência (presença de sintomas desagradáveis ao cessar ou reduzir o uso).
O tratamento destes transtornos é obrigatoriamente multidisciplinar, de modo que atividades como psicoterapia, reestruturação da rotina e participação em grupos são o principal pilar terapêutico. Os medicamentos utilizados são essenciais para reduzir os sintomas de abstinência (principalmente álcool, cigarro, benzodiazepínicos e opióides) e podem auxiliar, em associação às demais abordagens, a modificar o comportamento.