De maneira geral, as definições de normalidade e doença em toda a medicina são definidas por consensos entre pesquisadores, que são construídos e modificados ao longo de décadas.
São utilizadas medidas como número, gravidade e duração de sintomas (dor, náusea, cansaço, tristeza), sinais clínicos (pressão arterial, tamanho de uma lesão, características de um tremor), e exames (glicemia, hemograma, tomografia, eletrocardiograma).
Assim, considera-se como doença ou transtorno aquilo que foge da média populacional daquela medida e que pode trazer algum tipo de sofrimento, prejuízo ou consequências negativas. Uma pessoa que mantém sempre uma pressão arterial de 160x100mmHg, por exemplo, está acima da média populacional e pode ter consequências negativas no futuro, como um infarto. Deste modo, é considerada hipertensa e merece um tratamento.
Quando falamos de saúde mental, isto não é diferente. Porém, como os sintomas parecem mais abstratos e não há exames ou aparelhos para medi-los, podem ser mais difíceis de compreender. Mas, como nas outras áreas da medicina, existem critérios diagnósticos para cada "transtorno", com sintomas específicos, duração e intensidade. O critério mais importante de todos, no entanto, comum a todos os diagnósticos, é a presença de sofrimento e/ou prejuízo funcional (dificuldades nas tarefas do dia-a-dia).
Quando sentimentos intensos estão acompanhados destas caraterísticas, é importante procurar um profissional de saúde mental, para uma avaliação e cuidados adequados.
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